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A capoeira em minha vida

Comecei a jogar capoeira com 16 anos, nessa altura só existia uma escola de capoeira aqui em Portugal, Grupo de Capoeira NEGRO NAGÔ DE ANGOLA.

Comecei a jogar capoeira, porque já conhecia de ouvir falar, pois tenho família no BRASIL.
Meu tio quando vinha a Portugal falava-me sempre desta arte marcial, porque eu na altura fazia karaté “Gojo Ryu”.
Afránio Gouveia “ Mestre Magoo” foi com quem eu me iniciei.
Conheci então Aloísio “Mestre Salsicha” do Grupo Capoeirart, Sérgio “Mestre Elástico” do Grupo meu Cativeiro, Wilson “Mestre Vovô “do Grupo Raízes”, “Mestre Ivan” do Grupo Barra Vento, etc.
Com todos estes mestres, aperfeiçoei muito o meu estilo de jogo. A capoeira é uma filosofia de vida e esta veio mudar muito a minha.
O capoeirista é um artesão, pois faz os seus próprios instrumentos, é um músico, um cantor, um acrobata e um lutador.
Dentro da capoeira existem outros jogos como: maculelê, puxada de rede, samba de roda e navalha no pé.
No BRASIL o Elástico levou-me a ver outros encontros e BATIZADOS com outros mestres como: , Joel, Delicado, Suassuna, kilombo, etc.
Mestres muito conceituados e de grande respeito.
Com cada um aprendia sempre algo diferente com histórias, musicas, cantos e ladainhas.
Como professor de capoeira, sempre tentei passar para os meus alunos uma didáctica de ensino, daquilo que aprendi com a convivência que tive com outros Mestres tanto em Portugal como no BRASIL.
O respeito e a humildade são uma das características do capoeirista. Ele conhece a palavra-chave é “AMOR” e no entanto a maldade existe, por isso vive de acordo com a sua sociedade.
Hoje em dia estou parado, mas continuo a ter grandes amigos dentro desta arte de magia, humildade, astúcia, destreza, malícia e inteligência.